A administração municipal de Luiziânia, por meio da Diretoria Municipal de Saúde, aderiu a Semana Estadual de Combate à Leishmaniose Visceral que começa no dia 10 e vai até o dia 15 deste mês, com o objetivo de ampliar as iniciativas educativas, de prevenção e controle da doença, que constitui um sério problema de saúde pública em diversas regiões do país.
A leishmaniose visceral, comumente denominada calazar, é uma infecção potencialmente letal, causada pelo protozoário Leishmania infantum chagasi e transmitida pela picada do mosquito-palha (do gênero Lutzomyia). O ciclo de transmissão envolve, principalmente, cães e outros mamíferos que atuam como reservatórios do parasita, sendo o ser humano considerado um hospedeiro acidental.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a enfermidade está disseminada em grande parte do território nacional, com aumento significativo de casos em áreas urbanas nos últimos anos. A gravidade da leishmaniose visceral está relacionada à dificuldade de diagnósticos precoces, à evolução silenciosa dos sintomas e à elevada taxa de mortalidade em casos não tratados.
Sintomas comuns da leishmaniose visceral em humanos incluem:
- Febre prolongada de difícil diagnóstico;
- Perda de peso significativa;
- Aumento do fígado e do baço (hepatomegalia e esplenomegalia);
- Anemia;
- Cansaço geral e infecções oportunísticas.
Principais sinais da leishmaniose visceral em cães:
- Emagrecimento progressivo;
- Diminuição do apetite;
- Feridas nas orelhas e no nariz;
- Queda de pelos;
- Crescimento anormal das unhas;
- Desânimo e apatia;
- Problemas oculares (olhos avermelhados, secreção ou cegueira);
- Sangramentos nas narinas;
- Inchaço das patas e articulações;
- Aumento dos gânglios linfáticos.
A colaboração da população é fundamental na prevenção e controle da leishmaniose visceral. Dentre as principais práticas preventivas que podem ser adotadas em domicílios e comunidades, destacam-se:
- Manter quintais, jardins e áreas externas limpas, sem acúmulo de folhas, restos alimentares e fezes de animais;
- Remover entulhos e materiais orgânicos em decomposição que possam servir de criadouro para o mosquito-palha;
- Armazenar o lixo em recipientes fechados até a coleta;
- Limpar periodicamente abrigos de animais, canis e galinheiros;
- Instalar telas de proteção em portas e janelas, principalmente em áreas de maior risco.
Cuidados com os animais:
- Utilizar coleiras com inseticidas recomendados pelo Ministério da Saúde;
- Evitar que os animais fiquem soltos na rua, especialmente ao amanhecer e ao entardecer (períodos de maior atividade do vetor);
- Levar os cães regularmente ao veterinário para exames e testes sorológicos;
- Notificar o Centro de Controle de Zoonoses em caso de suspeita da doença nos animais.
A Prefeitura de Luiziânia reafirma seu compromisso com a saúde pública, atuando de forma firme e contínua na prevenção e no enfrentamento da leishmaniose visceral. A Semana Estadual de Prevenção à LV representa uma oportunidade de estreitar os laços com a comunidade e promover a responsabilidade compartilhada no combate às zoonoses.
Para informações adicionais, orientações ou denúncias, entre em contato com o Centro de Controle de Zoonoses pelo telefone: (18) 99792-5550.
A colaboração entre o poder público e a população é essencial para interromper a disseminação da enfermidade.